segunda-feira, 16 de abril de 2012

Amor, dor, sofrimento, medo...




O que fazer com toda essa dor?
O que fazer com as lágrimas que teimam a correr pelo meu rosto?
O que fazer com toda essa culpa que sinto, por ter te amado demais, e acabei me sufocando com esse sentimento?
Eu sinto que estou te perdendo aos poucos, e isso me machuca demais, á mesma medida que aos poucos vou te perdendo, aos poucos eu vou morrendo...
Eu sinto que por dentro o sentimento luta para continuar a existir, mas de uma forma saudável.
E eu percebo que por falta de você, ele está morrendo.
Ser morto de formas naturais é aceitável, ser morto por quem se ama é a pior morte que existe.
Eu sinto que as conversas não adiantam mais, que meu sofrimento não te abala mais.
Eu sinto que minhas lágrimas te causam impacto no momento, mas depois são esquecidas.
Eu percebo que todo o seu tempo é muito mais usado, quando você está longe de mim.
Não sou mais a sua prioridade, e quando sou eu sinto que é por obrigação.
Não quero que me queiras porque é assim que tem que ser. Eu quero que me queiras por vontade sua, por desejo seu.
Eu te sinto escorregando pelos meus dedos, como a água que escorre pelas nossas mãos, e não conseguimos segurá-la.
Eu não consigo mais. Eu não te sinto mais como antes.
Eu queria que voltássemos ao tempo em que eu não tinha dúvida alguma, em que você me olhava como se eu fosse tudo para você. Naquele tempo em que você segurava minha mão me passando a certeza que jamais me deixaria partir, queria voltar ao tempo em que você queria estar sempre comigo, e sempre que eu pedia a sua presença, o meu desejo era atendido, no tempo em que quando você atendia a esse meu desejo, não me falava das suas outras prioridades.
Naquela época em que você me via todo dia e não cansava.
Naquela época em que todos diziam que dessa forma não ia da certo, que íamos acabar enjoando um do outro e eu nunca dei ouvidos, por confiar no nosso amor.
Talvez, se eu pudesse voltar naquele tempo eu faria tudo diferente, para poder ter você sempre daquele jeito comigo.
Talvez, se eu pudesse voltar naquele tempo, eu corrigiria muito coisa que nunca achei ser errado, mas hoje vejo que se transformaram em erros.
Talvez, se eu pudesse voltar naquele tempo... É, mas eu não posso.
Se cada lágrima que escorre do meu rosto nesse momento, caísse nas letras que escrevo ninguém iria ler meu desabafo, as letras ficariam borradas, assim como a minha visão nesse exato momento, de estar chorando e escrevendo, porque necessito gritar, preciso colocar para fora de alguma maneira toda a dor que me consome.
Dói-me tanto a sua falta de atenção com os nossos problemas.
Dói-me tanto a sua falta de atenção.
Você não tem ideia do quanto tudo isso me dilacera por dentro, talvez até tenha, mas esteja ocupado demais para cuidar de mim, para cuidar de nós. Talvez esteja mais preocupado com você, apenas você, e esteja esquecendo-se de tudo que me falou e me fez acreditar...
É, mas eu não irei te cobrar mais, não quero que pague suas promessas por obrigação, quero que as pague por amor, quero que as cumpra porque é o que você quer para a sua vida, quero que essa vontade parta de você, e não de cobranças de um relacionamento, que você até já esqueceu como ele começou...
Se for para desabafar tudo, não terei espaços, nem força, tampouco condições físicas e mentais para continuar, preciso partir, preciso deixar as palavras para depois, meus dedos me abandonaram e se cansam pela exaustidão do corpo que não aguenta mais esse exagero de sofrer. Os dedos já não aguentam mais se reversar entre escrever e enxugar minhas lágrimas, e meus olhos já não suportam mais se reversar entre olhar se  há algo que seja muito forte e eu não devo revelar.
Tem certas funções do corpo que por mais simples que sejam, quando ficam por um longo período continuamente o corpo grita, avisando que irá falhar, antes que isso aconteça, prefiro encerrar por aqui e ficar sem ter de reversar nada, optei por chorar para meus dedos poderem enxugar minhas lágrimas.
Preciso ir, estou de partida, não preocupem-se uma hora tudo isso passará...
Meus dedos precisam se recompor, para poderem executar uma das coisas que mais amo, escrever...
E esse prazer ninguém me tira.

A dor mata aos poucos, o amor nos ressuscita num piscar de olhos.



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