domingo, 30 de janeiro de 2011

A hipocrisia da Sociedade

A hipocrisia da Sociedade


A sociedade vive falando da pobreza, da falta de oportunidade, das injustiças, da falta de solideriedade, da falta do amor ao próximo.
Mais, quem é a sociedade para falar de algum desses temas, se a falta de tudo isso começa com nós mesmos.
Uma mulher vai ao shopping e gasta mil reais em compras, uma senhora sem um teto para morar, pede a essa mesma mulher um real para poder comprar pão para se alimentar, e a mulher no mesmo momento responde que não disponibiliza desse dinheiro.
Um homem gasta rios de dinheiro, em apostas de corrida de cavalos, mais um pouco para assitir jogos de futebol, mais não possue 10,00 para fazer uma doação, quando uma daquelas Ong's, com o intuito de ajudar lhe faz uma ligação.
Quando ocorrem essas tragédias climáticas, pessoas sem casa, sem roupas, sem dinheiro, não possuem sequer um documento para sua própria identificação, quantas das pessoas que julga o mundo tão injusto, está lá para ajudar? Não tem dinheiro a oferecer? E o trabalho voluntário? Onde ficou a sede de justiça?
Passa sempre na televisão, jovens que se reunem em praias, que se hospedam para passar uma noite nesse lugar, onde apenas uma noite custa setenta mil reais, isso é apenas a hospedagem de um dos jovens, nessa festa se reunem jovens de todos os lugares do País, com que intuito? Se conhecerem, isso mesmo, conhecer um ao outro, o custo de uma noite de 10 jovens desses, quantas pessoas não estariam sendo ajudadas, quantas crianças do Haiti não estariam deixando de comer barro, e comendo algo que lhe alimentasse e não o fizesse mal?
Quantas crianças, naõ estariam sendo tiradas da rua? Quantos jovens não poderiam estar entrando numa faculdade?
Quantas pessoas não estariam sendo poupadas de morrer de fome?
Sabe qual é a alimentação de 90% das crianças Haitianas? São bolachas, feitas de barro, manteiga e sal, foi uma maneira que suas mães encontraram de não ver mais seus filhos morrerem de fome, mais ai eu pergunto, que estágio a saúde dessas crianças se encontram? Qual possibilidade de ter uma vida saudavél?
As mães, fazem isso em desespero, um modo de calar o choro de seu filho que grita pra ter sequer um pedaço de pão para comer, enquanto jovens estão reunidos, na beira de uma piscina, comendo e bebendo, se drogando e se prostituindo. Enquanto os adultos, estão fazendo compras e reunidos na mesa de um bar, para um Happy Hour, que eles acham tão merecido, enquanto riem das fofocas do trabalho, enquanto se divertem falando da vida dos outros, e quando lêem informações como estas, ficam chocados, mais o que fazem para mudar essa realidade? Nada, após uma boa noite de sono, em suas camas confortavéis, as informações que lhe chocaram são apagadas milagrosamente, e a sociedade ainda vem falar de solidariedade.
Quem nunca recebeu aquele e-mail de um bebê que está agonizando, tentando ultrapassar a fronteira para chegar em algum lugar que o salve, enquanto um urubu aguarda a sua morte para comê-lo, enquanto um fotográfo faz as imagens sem poder ajudar, mais pouco depois morre de depressão, de que mesmo aquele bebê morreu? De fome, de falta de comida, enquanto nós estragamos a nossa alimentação porque tá com pouco sal, ou porque ta salgada demais, ou simplesmente pelo fato de termos injuado, jogamos mais comidas no lixo, do que o próprio lixo, aquela comida que dizemos que não serve para nós, por um motivo fútil, para muitos seria uma refeição, que deixaria crianças com sorriso no rosto, pais e mães cheios de esperança, onde olhos brilhariam de felicidade e corações pulsariam por saber que eles poderiam ter mais uma chance para a própria sobrevivência.
Então, sociedade que tal deixar de hipocrisia, se calar de vez e continuar á sem fazer nada, ou mudar para algo útil, mesmo quando não possuir disponibilidade de doar dinheiro, porque não doar amor? Porque não repartir o pão? Porque não compartilhar felicidade? Porque não salvar a vida de alguém? Está em suas mãos, matar ou salvar.

Compras

Biscoitos Haitianos, barro, manteiga e sal.

Criança agonizando ( fome )

Comprando ingresso de jogos

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